Primeira consulta ao ginecologista: como tornar esse momento mais confortável para a sua filha?

O início da puberdade é um sinal de que a primeira ida ao ginecologista está próxima. Na consulta, a menina irá receber orientações sobre a menstruação, doenças sexualmente transmissíveis, iniciação sexual e métodos contraceptivos. A mãe pode ou não acompanhar a consulta, essa é uma decisão da menina e deve ser respeitada pelos pais.

Qual é a idade ideal para levar a sua filha ao ginecologista? Como abordar questões ligadas à sexualidade? Já chegou a hora de tomar contraceptivos? Quando chega a adolescência, muitos pais e mães se veem cheios de dúvidas sobre como lidar com as mudanças que a fase traz. Nessas horas, contar com a orientação médica pode ser de grande ajuda para os pais e fundamental para a saúde das meninas.

Mas como tornar esse momento mais confortável para as filhas? Reunimos algumas dicas que podem ajudar pais e filhas a lidarem com a situação da forma mais aberta, confortável e respeitosa, transformando o cuidado com a saúde em algo natural. Confira!

Qual é o momento certo para começar a consultar com um ginecologista?

No fim de 2018, a pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras”, encomendada pela Febrasgo, demonstrou que a idade média em que as mulheres procuram o ginecologista pela primeira vez é de 20 anos. Esse dado demonstra um início de acompanhamento tardio, quando os médicos já não têm mais a possibilidade de oferecer a vacina contra o HPV ou outras que fazem diferença para o envelhecimento saudável.

O ideal é que as adolescentes visitem médicos ginecologistas pela primeira vez logo após a primeira menstruação ou até o início da puberdade. Nesse momento, serão discutidas questões sobre métodos contraceptivos, prevenções a doenças, funcionamento da menstruação, anatomia e demais mudanças que ocorrerão no corpo delas ao longo da adolescência.

A escolha do ginecologista

O mais importante durante a primeira consulta é que a adolescente esteja confortável. Por isso, deixe-a à vontade para decidir se quer ir a um médico ou médica e explique que, mesmo que seja um médico da sua confiança, todas as informações compartilhadas no consultório, desde que não comprometam sua segurança, são sigilosas. Muitas meninas sentem-se constrangidas em compartilhar informações com mães e pais, mas podem se sentir mais seguras com os médicos. Ajude suas filhas a escolherem um profissional confiável e deixe-as à vontade para tomar a decisão sobre sua companhia dentro do consultório.

Ajude a criar uma relação positiva com o seu corpo e o seu médico

Muitas mulheres têm uma relação negativa com a menstruação e, por consequência, as filhas crescem cultivando certa resistência também. É recomendável que, desde cedo, o diálogo seja aberto sobre essa fase do ciclo menstrual, demonstrando que é algo normal, que acontece com todas as mulheres e que, mesmo as cólicas, podem ser tratadas e acompanhadas, para que possam ser reduzidas.

Da mesma forma, quanto menos tabus forem cultivados a respeito da primeira consulta ginecológica, melhor será a relação da adolescente com os seus médicos. O diálogo aberto entre familiares e educadores é um excelente caminho para que as meninas se tornem adultas, que conheçam seus corpos e entendam a melhor forma de cuidar de deles.

Fonte: Sogimig

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