O formato do DIU de cobre tem papel no risco de expulsão?

Grande estudo de coorte publicado no Contraceptions Journal compara 5 formatos de DIU de cobre enquanto a taxa de expulsão após análise de dados de 26,381 usuárias e seguimento de 36 meses.

Atualmente existem DIUs de cobre com uma variedade de formatos disponíveis no mercado brasileiro e internacional. Na literatura, a Taxa de expulsão relatada é de 5% (2-10%), sendo maior no primeiro ano, especialmente nos 3 primeiros meses. Alguns fatores têm sido associados a maior risco de expulsão, tais como sangramento aumentado, expulsão prévia, distorção da cavidade uterina, inserção pós-parto. No entanto o impacto do formato do DIU neste risco ainda era incerto pela paucidade de estudos comparando diretamente os diferentes formatos.

No entanto, foram observados mais expulsões com eles em relação ao DIU em T após 6 e 30 meses, (DIU em ômega: 7,4% [IC95% 6,2-,9%]; DIU em Y: em 8,2% [IC95% 6,6-10,1%]. Já em relação aos DIUs não disponíveis no Brasil, houve uma maior incidência de expulsão logo após a inserção do DIU sem formato, mas ao final do período de acompanhamento, ele apresentou uma taxa de expulsão semelhante são DIU em T (5,5%[IC95% 4 ,7-6,5%]). Já a incidência cumulativa de expulsão do IUB foi muito maior do que para todas as outras formas e chegou 17,7% após 36 meses. Após ajuste para possíveis fatores de confusão, o modelo de regressão de Cox mostrou que não houve diferença significativa do risco de expulsão entre o DIU em Y e o DIU em T (HR 1,1 [IC95% 0,8-1,5]). No entanto, o risco foi 2x maior para o DIU em ômega (HR 2,4 [IC95%, 1,4-4,0]) e o DIU frameless (HR 1,9 [IC95%, 1,1-3,2]). Interessante destacar que as análises estratificadas para idade e paridade mostram resultados semelhantes. Além disso, o DIU em Y e o DIU sem formato tiveram um risco menor de expulsão parcial, ao passo que o risco de expulsão completa foi maior em comparação com o DIU em T. O DIU em ômega apresentou maior risco de expulsão parcial. No entanto, o risco de expulsão completa não diferiu em comparação com o DIU em T. Apesar das limitações inerentes à natureza observacional, este grande estudo do mundo real recomenda considerar esses fatores no aconselhamento contraceptivo, lembrando que estas informações podem ser especialmente pertinentes para pacientes com risco aumentado de expulsão

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