OMS publica novas recomendações sobre vacinação contra o HPV

Em dezembro de 2022, a Organização Mundial de Saúde publicou as novas recomendações sobre vacinação contra o HPV com base nas principais atualizações sobre o tema.O novo documento afirma que o esquema de dose única, referido como alternativo (off-label), pode:

  • Fornecer eficácia e durabilidade de proteção comparáveis a um esquema de duas doses
  • Oferecer vantagens ao programa de vacinação
  • Ser mais eficiente e acessível
  • Contribuir para uma melhor cobertur;

Do ponto de vista da saúde pública, o uso do esquema de dose única pode ainda oferecer benefícios substanciais que superam o risco potencial de um nível mais baixo de proteção se a eficácia diminuir com o tempo, embora não haja evidência atual disso.

A OMS também afirma que, para a prevenção do câncer do colo do útero, a população-alvo primária recomendada para a vacinação são meninas de 9 a 14 anos antes de se tornarem sexualmente ativas.

Os programas de imunização contra o HPV devem priorizar a alta cobertura desde o momento da introdução. Quanto à vacinação de populações-alvo secundárias (ex. mulheres com idade ≥15 anos, meninos e homens), ela é recomendada apenas se for viável e acessível e não desviar recursos da vacinação da população-alvo primária ou programas eficazes de rastreamento do câncer do colo do útero.

Já indivíduos imunocomprometidos ou vivendo com HIV (independentemente da idade ou condição de terapia antirretroviral) devem também receber pelo menos duas doses da vacina contra o HPV (intervalo mínimo de 6 meses) e, quando possível, três doses.

Quanto à escolha da vacina, as evidências atuais sugerem que, do ponto de vista da saúde pública, todas as 6 vacinas bivalentes, quadrivalentes e nonavalentes atualmente licenciadas mundialmente oferecem imunogenicidade, eficácia e eficácia comparáveis para a prevenção do pré-câncer e câncer cervical, causado principalmente pelos tipos 16 e 18.

Espera-se que esta otimização melhore o acesso à vacina, oferecendo aos países a oportunidade de expandir o número de meninas que podem ser vacinadas e aliviando o ônus do seguimento, muitas vezes complicado e caro para completar a série de vacinação.

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